4  CONCLUSÃO

O Relatório de Performance ATM 2024 apresenta uma análise detalhada da movimentação aérea e dos indicadores de desempenho do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), consolidando as informações obtidas ao longo do ano pela Comissão de Performance ATM. O documento fornece uma visão abrangente do tráfego aéreo no Brasil, evidenciando tendências, desafios e avanços na gestão do espaço aéreo nacional.

Em 2024, o número de operações aéreas registrou um crescimento de 1,7%, confirmando a recuperação do setor pelo terceiro ano consecutivo, ainda que em um ritmo mais moderado do que nos anos anteriores. A média móvel semanal dos 100 principais aeroportos do SISCEAB permaneceu acima dos níveis pré-pandemia, refletindo uma demanda consolidada e uma gestão eficiente do tráfego aéreo. Alguns aeroportos se destacaram pelo crescimento expressivo no volume de operações, como Maricá (SBMI), que teve um aumento de 139%, Caxias do Sul (SBCX), com 105%, e Canoas (SBCO), que registrou um acréscimo de 84%. Em contrapartida, Porto Alegre (SBPA) sofreu uma redução de 55,6% no tráfego devido à interrupção de suas operações em maio de 2024. Essa queda foi parcialmente compensada pelo aumento do movimento nos aeroportos vizinhos de Canoas e Caxias do Sul.

Na análise por Região de Informação de Voo (FIR), a FIR Brasília permaneceu como a mais movimentada do país, acumulando 154.190 movimentos a mais que a FIR Curitiba, segunda colocada no ranking nacional. No entanto, a FIR Curitiba apresentou o maior crescimento percentual, adicionando 97.772 movimentos em comparação ao ano anterior. A FIR Atlântico também registrou um crescimento relevante, impulsionado pela recuperação do tráfego internacional. A maior densidade de tráfego aéreo foi observada na região do CRCEA-SE, que abrange as TMA Rio de Janeiro e São Paulo, áreas de elevada complexidade operacional.

O efetivo de controladores no SISCEAB em 2024 alcançou 5.367 profissionais, distribuídos entre COMAER (4.635 ATCO, representando 86%), NAV Brasil (583 ATCO, equivalente a 10%) e outras prestadoras de serviço (149 ATCO, correspondendo a 4%). Todos os CINDACTA e o CRCEA-SE registraram aumento no número de ATCOs, com destaque para o CINDACTA I, que manteve o maior contingente. No que se refere ao nível de proficiência em inglês, o CINDACTA II apresentou o maior percentual de controladores com NP 4 ou superior (51%), seguido pelo CINDACTA III e CINDACTA I, ambos com crescimento em relação a 2023.

Em 2024, Fortaleza teve a melhor condição meteorológica para operações VMC, operando próximo de 100% do tempo em condições visuais, seguido por São Luís e Ribeirão Preto (~95%). Já Curitiba registrou o maior tempo com restrições (45%), seguido por Joinville (40%) e Congonhas (30%).

O relatório também destacou diversos projetos estratégicos voltados para a otimização da Performance ATM no SISCEAB, abrangendo iniciativas como Otimização do Espaço Aéreo, TOTAL ATM, UTM, UAM, FIS e Gestão de Performance ATM. Essas ações têm impacto direto na eficiência operacional, contribuindo para aprimorar a fluidez do tráfego aéreo e elevar o desempenho geral do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Os indicadores de performance são ferramentas gerenciais essenciais para avaliar a performance. A seguir, serão apresentados estes indicadores, categorizados conforme suas áreas:

PREVISIBILIDADE:

KPI 01 – Pontualidade de partida – (Meta: 80%) - Em 2024, a média de pontualidade de partida nos aeroportos monitorados foi de 80,6%, um aumento de 0,5% em relação a 2023. Campo Grande (88,7%) e Brasília (87,8%) apresentaram os melhores desempenhos, enquanto Guarulhos (78,0%), Congonhas (77,4%) e Galeão (68,4%) ficaram abaixo da meta entre os aeroportos mais movimentados. Os aeroportos de Santos Dumont (+7,3%) e Rio Branco (+8,4%) registraram os maiores ganhos no índice, enquanto Ribeirão Preto (-7,2%), Presidente Prudente (-5,5%) e Confins (-4,2%) tiveram as maiores quedas. O Aeroporto Santos Dumont (SBRJ) se destacou pelo alto índice de decolagens adiantadas (42%), enquanto o Galeão (SBGL), um dos mais movimentados do país, registrou 31% dos voos com atrasos acima de 15 minutos.

KPI 14 – Pontualidade de chegada – (Meta: 70%) – A pontualidade de chegada nos aeroportos monitorados pelo SISCEAB registrou uma queda de 2,3% em 2024, alcançando uma média de 64,3%, mantendo-se abaixo da meta pelo terceiro ano consecutivo. Guarulhos apresentou o menor índice (57,2%), seguido de Eduardo Gomes (60,5%), enquanto nove aeroportos, incluindo Campo Grande, Recife e Rio Branco, demonstraram melhorias. Em termos de Regionais, o CINDACTA III se manteve na liderança pelo terceiro ano consecutivo (69,8%), enquanto os CINDACTAs I e II registraram as maiores quedas (-3,1% e -1,8%, respectivamente). O alto número de pousos antecipados segue impactando a previsibilidade operacional, evidenciando a necessidade de ações para reduzir a discrepância entre os horários programados e os realizados.

KPI 15 – Variabilidade do tempo de voo - Em 2024, as rotas mais movimentadas envolveram Congonhas (SBSP), Santos Dumont (SBRJ) e Brasília (SBBR), com o trecho SBSP-SBRJ apresentando um aumento de 2,7% no KPI 15 e o percurso SBRJ-SBSP registrando 3,19%. Apesar disso, os tempos médios de voo caíram levemente, indicando ganhos operacionais. A interdição do Aeroporto de Porto Alegre levou a uma redução de mais de 50% na rota SBSP-SBPA, redirecionando o tráfego para Florianópolis (SBFL) e outros aeroportos da região. A maior variação no KPI 15 ocorreu entre Guarulhos e Galeão, com aumento de 26,82% e 27,06%, refletindo maior instabilidade operacional. Já a ligação Santos Dumont-Confins registrou a maior redução (-63,2%), sugerindo maior eficiência operacional. O cenário reforça a necessidade de monitoramento contínuo para aprimorar a previsibilidade e otimizar as operações aéreas.

EFICIÊNCIA:

KPI 02 – Tempo Adicional de Taxi-Out (Meta: até 3,5 min) - A média do SISCEAB para o tempo adicional de taxi-out foi reduzida em 2024, com 23 dos aeroportos monitorados atingindo a meta de 3,5 min. No entanto, Congonhas (7,24 min), Rio Branco (6,19 min) e Guarulhos (5,09 min) registraram os maiores tempos adicionais, impactados por alta demanda e infraestrutura de solo. O CINDACTA II apresentou o menor tempo médio (3,22 min), enquanto o CRCEA-SE teve o maior (4,94 min).

KPI 04 – Extensão em Rota de Plano de Voo - A maioria das rotas manteve elevada eficiência horizontal, com valores abaixo de 3%. A rota Curitiba-Congonhas continuou sendo a menos eficiente, com um índice de 15,4%, influenciada pela configuração da rede de rotas da TMA-SP.

KPI 05 – Extensão Real em Rota - A trajetória real dos voos demonstrou eficiência em grande parte das rotas analisadas, com valores do KPI 05 inferiores a 3%. Contudo, Curitiba-Congonhas (21,1%), Confins-Congonhas (7,7%) e Brasília-Congonhas (5,5%) permaneceram como as rotas menos eficientes devido a restrições operacionais e sequenciamento na TMA-SP.

KPI 08 – Tempo Adicional em TMA (Meta no C100: até 3,5 min para SBGR, SBSP e SBKP e até: 2,5 min para os demais) - A média do SISCEAB para o KPI 08 em 2024 foi de 2,15 min no C40 e 3,08 min no C100. Florianópolis e Salvador foram os destaques positivos, com tempos adicionais de chegada na TMA de 1,82 min e 1,76 min, respectivamente. Em Campinas, que passou a atender a meta, houve uma redução de 0,8 min devido à redistribuição da demanda.

KPI 13 – Tempo Adicional de Taxi-In (Meta: até 2 min) - Dos 40 aeroportos monitorados, apenas 7 ficaram acima da meta, com destaque para Navegantes (0,99 min), Santos Dumont (1,10 min) e Joinville (1,14 min) como os de melhor performance. Por outro lado, João Pessoa (8,39 min), Santos Dumont ( 4,24 min), Congonhas (3 min) e Guarulhos (2,90 min) apresentaram os maiores índices.

KPI 17 – Nivelamento em Subida - Em 2024, a maioria dos aeroportos manteve alta eficiência vertical na subida, com valores inferiores a 1 min, exceto Campinas, que permaneceu com 1,5 min devido à interação com o tráfego de Guarulhos e Congonhas.

KPI 18 – Nivelamento em cruzeiro - A eficiência vertical em rota manteve-se em 2024 elevada, com valores do KPI 18 inferiores a 2.000 pés em todos os casos. As principais restrições ocorreram nas rotas Recife-Guarulhos e Guarulhos-Porto Alegre, impactadas por limitações no espaço aéreo e turbulência.

KPI 19 – Nivelamento em Descida - Congonhas continuou apresentando o maior índice de nivelamento na descida, apesar de uma redução de 6,4% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, Maceió e Salvador registraram a menor ineficiência vertical (0,7 min).

CAPACIDADE:

KPI 06 – Capacidade do Espaço Aéreo - A Capacidade do Espaço Aéreo, também chamada de Capacidade Horária de Setor (CHS), mede a fluidez do tráfego aéreo em setores específicos e é fundamental para alocação eficiente de recursos. Em 2023, os Projetos Eficiência reestruturaram as FIR-RE e FIR-BS, trazendo novos parâmetros de CHS calculados pelo CGNA. Em setembro de 2024, a FIR-CW foi segregada em duas regiões (Norte e Sul), sem alteração nos números de capacidade do espaço aéreo. As FIR-AZ e FIR-AO não tiveram mudanças nos parâmetros de CHS.

KPI 09 – Capacidade Declarada de Chegada- A capacidade declarada de chegada define o número máximo de pousos que um aeroporto pode gerenciar em um determinado intervalo de tempo, considerando elementos como as condições meteorológicas e as características da pista de pouso. Este indicador é fortemente influenciado pela infraestrutura aeroportuária disponível. Aeroportos que dispõem de pistas paralelas, como o de Brasília, ou pistas com operações segregadas e independentes, como o de Guarulhos, têm uma maior capacidade de gerenciamento de pousos de aeronaves. Isso contrasta com aeroportos que contam com uma única pista de pouso, cuja capacidade de absorção é comparativamente menor.

KPI 10 – Taxa-pico de chegada - Em 2024, Guarulhos (SBGR) apresentou a maior taxa-pico, aproximando-se da capacidade declarada. Brasília (SBBR) e Congonhas (SBSP) registraram taxas-pico semelhantes, mas com Brasília operando com o dobro da capacidade de Congonhas. O aeroporto de Santos Dumont (SBRJ) teve uma redução de 65% na taxa-pico, enquanto o Galeão (SBGL) registrou um aumento de 50% em pousos e decolagens.

Medidas ATFM - O Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo (ATFM) visa otimizar o fluxo de aeronaves e evitar sobrecargas operacionais. Em 2024, a demanda de tráfego aéreo cresceu 7,44% em relação ao ano anterior, enquanto o número de medidas ATFM aumentou 3,47%, bem abaixo da alta de 215% registrada entre 2022 e 2023. Houve uma redução nas medidas ATFM nos primeiros oito meses do ano, atingindo o menor valor em agosto (173 medidas). No entanto, o volume aumentou a partir de setembro, alcançando um pico em novembro (282 medidas), em resposta a eventos meteorológicos adversos, que concentraram 84,76% das restrições. O impacto da meteorologia como causa de medidas ATFM cresceu gradualmente, chegando a 953 ocorrências em 2024. A demanda foi o fator mais crítico, com 1.539 medidas ATFM registradas, refletindo o crescimento da aviação comercial e desafios para acomodar o tráfego crescente.

As medidas ATFM mais aplicadas foram:

Miles in Trail (MIT) – Representou 90% das medidas, indicando a necessidade de espaçamento entre aeronaves.

Ground Stop (GS) – Aplicado em 6% dos casos para suspender temporariamente partidas devido a congestionamentos operacionais ou meteorológicos.

Outras medidas (GDP, MINIT, rerroteamento) – Aplicadas em menor escala, sugerindo preferência por espaçamentos em voo em vez de atrasos em solo.

O predomínio do MIT demonstra que o principal desafio do gerenciamento de fluxo aéreo em 2024 foi manter espaçamentos mínimos entre aeronaves. O uso estratégico das medidas ATFM continuará sendo essencial para lidar com o crescimento da demanda e mitigar os impactos da limitação da infraestrutura aeroportuária e do espaço aéreo.

CUSTO-BENEFÍCIO:

IDBR 06 – Horas de Login x Horas ATCO - Este indicador mede a relação entre as horas logadas dos controladores de tráfego aéreo (ATCO) e as horas escaladas, sem considerar a complexidade operacional, a demanda ou atividades paralelas. Em 2024, foram analisadas dez localidades, abrangendo 28 órgãos operacionais (05 ACC, 12 APP e 11 TWR).

O ACC-CW e o ACC-AO apresentaram os maiores rendimentos, atingindo 54% e 56%, respectivamente. O ACC-RE, que havia registrado 63% em 2023, caiu para 50% em 2024. O ACC-BS teve a menor taxa (49%).

A maioria dos APP apresentou queda em 2024, com exceção dos APP SV, RJ e SP. O APP NT teve a maior queda 11,4%, enquanto o APP SV atingiu o maior rendimento (67%).

A TWR de Manaus (SBEG) teve o maior crescimento, passando de 52% para 63%. Florianópolis (SBFL) também avançou (+2 pontos), enquanto Congonhas (SBSP) teve a maior redução (-11 pontos), caindo de 67% para 56%.

IDBR 08 – Índice de operacionalidade do ATCO – (Meta: 85%) – Este indicador avalia a eficiência da alocação dos ATCO dentro do SISCEAB, considerando a habilitação técnica válida para o exercício das funções.

O índice global do DECEA apresentou leve crescimento de 0,80% em relação a 2023, mas ainda está 1,50% abaixo dos valores de 2022.

O CINDACTA IV teve o maior índice de operacionalidade (89,5%), seguido pelo CINDACTA I (89,4%).

Algumas unidades ficaram abaixo da meta de 85%, como DTCEA-FI (83,3%), DTCEA-CG (83,8%), DTCEA-MN (76,5%), CRCEA-SE SEDE (81,12%), DTCEA-MT (80%) e DTCEA-SJ (77,42%).

O DTCEA-EG foi a unidade com melhor desempenho, atingindo 95,7% de operacionalidade, conforme apresentado no ranking TOP 10 do DECEA.

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ATM:

A Pesquisa de Satisfação do SISCEAB tem por intuito melhorar os serviços de tráfego aéreo no país, considerando as necessidades dos diferentes agentes do setor de transporte aéreo. Os resultados da pesquisa apontaram que a maioria dos participantes avalia positivamente a qualidade dos produtos e serviços fornecidos pelo DECEA, além da organização do espaço aéreo brasileiro. Também destacaram a importância da participação da Comunidade ATM nos processos de planejamento, implementação e operação do SISCEAB, assim como reconheceram os benefícios das recentes mudanças realizadas no sistema.

SEGURANÇA OPERACIONAL:

A segurança operacional é um pilar essencial para a aviação, garantindo um sistema resiliente e confiável. Os KPI 20 e 22 são monitorados pelo CENIPA e não entram na análise deste relatório.

KPI 21 – Número de Incursões em Pista (Runway Incursion – RI) - O número de incursões em pista caiu significativamente em 2024 em comparação com 2023. A análise por 100.000 movimentos evidenciou uma redução expressiva, acompanhando a tendência iniciada em 2023, quando já havia sido registrada uma queda de 60% em relação ao ano anterior.

KPI 23 – Incidentes Classificados como Risco Crítico - Os incidentes de risco crítico, onde a separação entre aeronaves foi inferior a 0,5 NM horizontalmente e 500 pés verticalmente, dobraram em 2024 em relação ao ano anterior, totalizando quatro ocorrências. O CENIPA conduz a investigação desses eventos, enquanto o DECEA elabora os laudos técnicos para subsidiar as análises.

KPI 23 - Incidentes Classificados como Risco Potencial - Os incidentes de risco potencial, caracterizados por separações menores do que o mínimo regulamentar, mas sem risco crítico, apresentaram redução em 2024. A análise dos dados por 100.000 movimentos confirmou uma tendência de queda de 2% a 5% nos eventos registrados em comparação com 2023.

KPI 23 - Alertas TCAS RA - Os alertas de TCAS RA (Resolution Advisory), que indicam situações de conflito entre aeronaves, tiveram um aumento em 2024, dobrando em relação a 2023. Embora os números nos ACC e Rádios tenham diminuído ao longo dos últimos três anos, houve um crescimento nos APP e TWR. O DECEA tem atuado com medidas mitigadoras, como capacitação contínua dos controladores e ajustes na circulação aérea.

SEGURANÇA DA AVIAÇÃO:

Em 2024, foram registradas 220 ocorrências AVSEC no SISCEAB, representando uma redução de 6,38% em relação a 2023. Os incidentes reportados abrangeram ameaças como feixes de laser, interferência nas comunicações, uso de drones e intrusão às instalações, sem registro de danos irreversíveis. Essas notificações foram fundamentais para fortalecer a prevenção e aprimorar as medidas de segurança operacional.

Este relatório buscou padronizar a abordagem AVSEC entre os Regionais e os órgãos de controle, servindo como referência para aprimorar a gestão de riscos e estabelecer metas baseadas nas melhores práticas identificadas. O envolvimento contínuo de profissionais em todos os níveis da segurança operacional é essencial para garantir uma resposta eficiente às ameaças e melhorar a resiliência do SISCEAB.

Dessa forma, compreender a metodologia de monitoramento AVSEC e os impactos das ocorrências permitirá a adoção de estratégias mais eficazes para mitigar riscos e fortalecer a segurança do espaço aéreo brasileiro.

RECOMENDAÇÕES:

Com base nas análises apresentadas neste Relatório de Performance ATM 2024, foram identificadas oportunidades de aprimoramento operacional e estratégico, que se traduzem nas seguintes recomendações:

  • Otimizar a gestão da infraestrutura aeroportuária por meio da implementação de melhorias no solo para mitigar os gargalos que impactam o tempo de táxi em aeroportos como Congonhas (SBSP), Guarulhos (SBGR) e Fortaleza (SBFZ).
  • Expandir o uso de tecnologias de integração de dados entre sistemas de controle de tráfego aéreo, aprimorando a fusão de informações operacionais para aperfeiçoar a previsibilidade e eficiência dos indicadores de performance.
  • Reforçar a adoção de estratégias para a redução do tempo adicional de taxi-out e taxi-in, ajustando os procedimentos operacionais para melhorar a fluidez do tráfego nos principais aeroportos monitorados pelo SISCEAB.
  • Ampliar o alcance do projeto TOTAL ATM, expandindo sua implementação para todos os órgãos de controle a fim de otimizar o fluxo de tráfego e a gestão de espaço aéreo.
  • Fortalecer a colaboração entre o DECEA e a Comunidade ATM, aprimorando a acessibilidade aos produtos informacionais e fomentando a participação ativa dos diversos atores do setor na construção de soluções mais eficazes para a gestão do tráfego aéreo.
  • Reavaliar e ajustar os parâmetros operacionais para otimizar as medidas ATFM, promovendo um melhor equilíbrio entre a aplicação de espaçamentos mínimos em voo e a utilização de medidas de retenção no solo, como Ground Stops e GDP.

A implementação dessas recomendações contribuirá para a evolução do desempenho do SISCEAB, garantindo mais segurança, previsibilidade e eficiência nas operações aéreas. Ao fortalecer a infraestrutura, otimizar processos e promover a integração de dados e tecnologias, será possível elevar a qualidade dos serviços prestados, mitigar impactos operacionais e aprimorar a gestão do tráfego aéreo no Brasil.